A SODIAM E.P. é accionista de três fábricas de lapidação (APD, SA, SPD e KGK) e em parceria com entidades interessadas lança, neste momento, mais fábricas em Angola. Ao celebrar, em 2019 o seu vigésimo aniversário, a SODIAM E.P. indicou grandes perspectivas para a próxima década e apresentou o Pólo de Desenvolvimento Diamantífero de Saurimo, um centro e zona económica especial que será inaugurado neste ano de 2021, para impulsionar o desenvolvimento da indústria diamantífera e a criação de empregos.

A expansão é também exterior: a SODIAM E.P já está em Antuérpia através da sua subsidiária SODIAM ANTWERP BVBA e está a explorar outros mercados como Dubai, Shangai e Macau. A SODIAM E.P trabalha também no estabelecimento da futura Bolsa de Diamantes de Angola, dentro do processo de expansão estratégica na cadeia de valor.

A SODIAM E.P actua como canal único de comercialização, definido no seu Código Mineiro,  pelo facto de tomar em atenção os antecedentes históricos dos diamantes, relativamente à sensibilidade dos preços perante a falta de controlo sobre as produções e a susceptibilidade de serem usados como meios de financiamento de actividades ilícitas.

Com efeito, o sistema de Órgão Público de Comercialização visa garantir e uniformizar as questões metodológicas, de segurança, transparência e certificação da comercialização dos diamantes, além de facilitar o cumprimento das obrigações do Estado em sede do Sistema de Certificação do Processo Kimberley.

Além das razões referidas, a manutenção do sistema de Canal Único atende a necessidade do Estado transferir para a mesma entidade pública as funções de Órgão Público de Comercialização de Diamantes nos termos do artigo 192.º do Código Mineiro e de empresa responsável pela Aquisição Pública de Minerais Estratégicos prevista no artigo 193.º do mesmo Código.

Entretanto, para efeitos da Política de Comercialização de Diamantes Brutos, entende-se como Canal Único a via através da qual todos os diamantes brutos são comercializados e exportados para o exterior do País sob a supervisão da SODIAM – E.P.

O Pólo de Desenvolvimento Diamantífero de Saurimo (PDDS) é um espaço que tem como objectivo principal congregar empresas de mineração, com foco na cadeia de valor dos diamantes, oferecendo uma infra-estrutura adequada e necessária para o fomento e a dinamização do desenvolvimento desta actividade, aliando esta oferta de infra-estrutura a uma localização estratégica, na cidade de Saurimo, na província da Lunda Sul. O PDDS é um espaço que tem como objectivo principal congregar empresas de mineração, com foco na cadeia de valor dos diamantes, oferecendo uma infra-estrutura adequada e necessária para o fomento e a dinamização do desenvolvimento desta actividade. A infraestrutura está localizada ao norte do núcleo urbano da Cidade de Saurimo, aproximadamente à 2,5km do Rio Muangueji, e a cerca 25km ao sul das instalações da Catoca, com uma área de 305.185,74m². O Pólo está dividido em três Áreas principais, designadamente:

• Área Comercial – que constitui um núcleo de acesso público com lojas, restaurantes, praça de alimentação, bancos, repartições fiscais, escritórios, centro de convenções e um centro de formação e treinamento,


• Área Industrial – de acesso restrito, com segurança reforçada e composta por 26 lotes de diferentes dimensões destinados a implantação fábricas e indústrias do ramo da mineração. Num dos lotes estará integrado a Fábrica de Lapidação de Diamantes e outros quatro possuirão naves industriais de 750m² para arrendamento. Nos restantes lotes poderão ser integrados outros empreendimentos industriais inerentes à indústria diamantífera nomeadamente fábricas de lapidação ou outros,


• Área Reservada para Central Híbrida – (solar + Térmica) de forma a tornar o empreendimento independente da rede local.

A Bolsa de Diamantes de Angola, em processo de criação, está a ser concebida com o intuito de ser o local de eleição para a comercialização de diamantes brutos, no qual compradores de todo o mundo terão acesso a diamantes provenientes das mais diversas regiões de exploração, do país, sobretudo, com a intervenção das empresas mineiras que operam em Angola.

A missão da Bolsa de Diamantes de Angola é a de promover os interesses do sector dos diamantes em bruto e das indústrias directamente relacionadas, integrando-as na rede mundial de bolsas, na qual os principais traders internacionais passarão também a ter acesso a uma vasta oferta de diamantes provenientes de Angola.

A bolsa é concebida com 12 salas de licitação, uma academia com quatro salas de aulas, instalação de equipamentos de ebulição, serviços gerais, sala de conferências, duas salas com cofres , sala de controlo tecnológico e de tv.

A SODIAM E.P acumula, neste momento, capacidades concretas, pois a empresa tem organizado já uma série de leilões online de diamantes, regista volumes actuais de venda através da sua plataforma online e possui experiência comprovada em classificação e controlo de qualidade.

O estabelecimento da Bolsa de Diamantes em Angola vai além da ambição de vender produções a preços mais altos, mas sim elevar a equipa a um nível mais alto para que depois de um processo de aprendizagem, a maioria das actividades possa ser realizada internamente sem recurso a consultores externos.

O Centro de Formação de Avaliação e Lapidação de Diamantes da SODIAM E.P é uma estrutura concebida para capacitar quadros angolanos, maioritariamente das regiões onde se exploram diamantes, como efectivos a serem contratados pelas unidades fabris erguidas no Pólo de Desenvolvimento de Saurimo. O investimento público em formação, sob a responsabilidade da SODIAM E.P, visa:

• Suprir a carência de trabalhadores angolanos formados em avaliação e lapidação de diamantes,


• Minorar o esforço das unidades fabris a serem erguidas no Pólo no recrutamento de quadros angolanos dotados com habilidades na lida com o polimento de diamantes,


• Assegurar a empregabilidade de mão-de-obra local, empoderando-se, assim, jovens nascidos nas regiões circunvizinhas às zonas de exploração mineira.

O Pólo está dividido em três Áreas principais, designadamente, comercial, industrial e a reservada para central híbrida. O centro é erguido na área comercial, que constitui um núcleo de acesso público com lojas, restaurantes, praça de alimentação, bancos, repartições fiscais, escritórios, centro de convenções, centro de formação e treinamento.

Angola pretende que mais investidores apostem na sua nascente indústria de lapidação de diamantes. Em verdade, o país definiu o seguinte quadro de actuação, no que refere à comercialização de diamantes lapidados:

a) A comercialização de diamantes lapidados no mercado nacional é livre, mas deve obedecer às condições que garantem a estabilidade do mercado e a segurança das transacções,

b) A comercialização de diamantes lapidados realiza-se a grosso e a retalho,

c) No que refere à comercialização a grosso, apenas empresas possuidoras de fábricas de lapidação estão autorizadas a vender. Estas devem previamente obter, junto da SODIAM E.P, os respectivos certificados de qualidade e de origem, com indicação das quantidades de lotes, sua origem e sua composição em termos de tamanho e qualidade das pedras. O seu mercado de diamantes lapidados está também claramente definido. Com efeito, devem adquirir a grosso das fábricas de lapidação, diamantes lapidados, as seguintes entidades:

• Joalharias e outros estabelecimentos similares licenciados para operar no mercado nacional;


• Compradores nacionais legalmente autorizados a realizar o comércio internacional de diamantes lapidados;


• Compradores estrangeiros que sejam autorizados a importar de Angola diamantes lapidados.
  
  
  Em verdade, a autorização para realizar o comércio de diamantes lapidados a grosso e para importar de Angola diamantes lapidados a grosso é conferida, nos termos da legislação em vigor no país, ao Ministério dos Recursos Minerais, Petróleos e Gás, mediante o parecer favorável da SODIAM E.P. As vendas a grosso de diamantes lapidados são efectuados, por sua vez, através de leilões a realizar no país, abertas a joalheiros e similares, compradores nacionais e a compradores estrangeiros autorizados, cujas regras de organização e funcionamento são aprovadas pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleos e Gás, mediante proposta da SODIAM E.P.